Tudo começou

HISTÓRIA DOÇARIA

A DOÇARIA
DO CORDEL

A história do Cordel não se pode contar sem a Doçaria.
Porque o Cordel sempre teve o desejo de mostrar o que de melhor se faz na cidade de Coimbra a nível da gastronomia, teve, logo desde cedo, de mostrar o que se fez e faz também nos doces, preservando o património gastronómico e cultural desta cidade.
Além dos doces que se podem encontrar na carta do Restaurante, como o Bolo de Nos de Penela com ovos moles ou o Suspiro com gelado de mascarpone e frutos vermelhos, o Cordel quis ir mais longe na história e dedicar-se aos Doces Conventuais da cidade.
Depois de uma apurada investigação, a passagem de testemunho oral e escrito, uma procura estunuante pela recuperação dos receituários originais que se tinham vindo a perder ao longo dos anos, e várias tentativas na produção, o Cordel começou a fazer pelas mãos do Chef Paulo Queirós e Eduarda Antunes, de forma identitária e o mais fiel possível à sua génese, os Papos de Anjo, o Manjar Branco, os Pastéis de Santa Clara e o famoso Pudim das Clarissas.

O Cordel faz parte da ADOC – Associação de Doceiros de Coimbra que desenvolve um trabalho de preservação e divulgação dos doces da Região.
A Doçaria do Cordel já guardou vários prémios em Festivais de Doces Conventuais, mas também, prémios internacionais.
O Pudim das Clarissas foi finalista no European Food Gift Challenge 2021 com o prémio de Melhor Branding Criativo e a Melhor Promoção da Região e obteve o segundo lugar na final

Onde podemos encontrar estes doces?
No restaurante ou na Mercearia tradicional para levar para casa. O Pudim das Clarissas pode ser adquirido à fatia no Restaurante ou o Pudim inteiro na Mercearia.
Pretendemos manter viva a riqueza das formas, dos sabores e dos saberes, preservando e divulgando a herança da Doçaria Coimbrã para que possa voltar a ser conhecida como a “Coimbra das Doçuras”.

A DOÇARIA
CONVENTUAL

O esplendor da doçaria conventual em Portugal terá ocorrido em meados do século XV já que, foi neste século, que o açúcar (cana-de-açúcar proveniente das colónias) entrou na tradição gastronómica dos conventos, que foram verdadeiros templos da doçaria. Até esta altura, o principal adoçante era o mel, sendo o açúcar usado como componente na confeção de mezinhas e medicamentos.
O nosso país era também um dos maiores produtores de ovos da Europa e as claras eram exportadas e usadas como clarificador na produção de vinho branco e para engomar os fatos dos homens ricos. Assim, havia um excedente de gemas, que os conventos começaram a usar, juntamente com o açúcar, para produzir doces, consumidos para celebrar as festas religiosas.
Os receituários são raros já que, as receitas eram de tal forma preciosas que, acompanharam as religiosas até à sua sepultura. Por outro lado, sabe-se que muitos desses preciosos registos encontram-se hoje na posse de particulares que os guardam como relíquias de família.

A cidade de Coimbra é o berço de alguns dos mais famosos Doces Conventuais portugueses, confecionados e oferecidos por freiras como forma de agradecimento pelos tributos feitos por estudantes, poetas e fadistas os recitais poéticos noturnos que lhes dedicavam às portas dos conventos. Estes momentos peculiares de ligação entre a vida conventual e a Universidade, a doçaria e a poesia, ficariam conhecidos como “Tardes dos Outeiros” ou “Abadessadas”.
Ficou clara a importância social dos Mosteiros de Santa Clara e de Celas, Convento de Sant’Ana e, sobretudo, o de Sandelgas.
Os doces conventuais de Coimbra têm como ingredientes fundamentais os ovos e o açúcar. Destacam-se os Pastéis de Santa Clara, a Arrufada, o Manjar Branco, o Pudim das Clarissas entre outros. O Suspiro aparece como forma de aproveitamento do excesso de claras que havia nos conventos, também pelo uso de muita gema na confeção da doçaria conventual. As claras também eram aproveitadas para passar a roupa a ferro.

PUDIM DAS CLARISSAS

O Pudim das Clarissas, simbiose perfeita entre o açúcar e as gemas de ovo, traduz a dedicação que as Clarissas ofereceram à doçaria elaborando de forma exímia este património que urge valorizar.

PASTÉIS DE SANTA CLARA

Estes Pastéis são um dos mais populares doces conventuais de Coimbra e a sua génese está associada ao convento de Santa Clara-a-Velha, onde passou grande parte da sua vida a Rainha Santa Isabel. Elaborados com uma massa estaladiça de farinha e manteiga, recheada com um aveludado creme de ovos com amêndoa. Estes doces eram vendidos na roda da portaria do Mosteiro, no dia de feira das Festas da Rainha Santa.

PUDIM DAS
CLARISSAS

Uma receita que se prolongou no
tempo e que não tem explicação.

Vai ter de provar para entender!

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POR NÓS E PARA NÓS

Acreditamos que através da recuperação do receituário conventual da nossa cidade conseguiremos contribuir para a valorização do território e divulgação do nosso património e região.

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